Em Fortaleza, decisão judicial mantém bingos abertos

Enquanto o Senado discute se legaliza ou não os jogos de azar, Fortaleza possui uma realidade a parte do resto do Brasil: três bingos estão em pleno funcionamento na capital cearense. Segundo o delegado do 34º Distrito Policial, Romério Almeida, a equipe Polícia Civil cearense esteve no bingo em questão e tem atuado para combater os bingos clandestinos, porém uma decisão judicial mantém o estabelecimento aberto.

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A Polícia Civil da capital cearense já possuía conhecimento do funcionamento do estabelecimento, assim como o de outros dois. Com o discurso de não contestar a decisão judicial, o delegado Romério Almeida teoriza sobre os motivos que levaram a justiça do estado do Ceará a tomar essa decisão. “É uma decisão judicial e não cabe a nós contestá-la. Vamos ficar atentos e em caso de nova decisão tornando ilegal nós iremos agir prontamente. Existem três casas (de bingos) que funcionam com cartelas em Fortaleza. Nos bingos de cartela, as pessoas marcam os números, diferente do que ocorre nas máquinas caça-níqueis, onde o dinheiro é colocado diretamente na máquina. Acredito que a decisão seja baseada nessa diferença”, comentou o delegado.

Enquanto a decisão judicial está em vigor, os jogos de bingo são realizados diariamente, atraindo pessoas de todas as idades e classes sociais da região.  

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No ano passado um bingo clandestino foi fechado em Fortaleza, onde funcionavam 21 máquinas. A realidade é a mesma de diversas outras cidades brasileiras. Só no estado do Rio de Janeiro são fechados, em média, 5 estabelecimentos clandestinos de jogo por mês. O bingo, desde sua popularização massiva no país, nos anos 1990, faz parte da cultura do brasileiro. O jogo já foi muitas vezes utilizado por igrejas, ou instituições de caridade, como forma de levantar fundos para os mais necessitados. O bingo é divertido e inclui socialmente idosos, por sua grande capacidade de interação entre os jogadores.

Com tantos bingos funcionando na ilegalidade, fica em evidência a necessidade de legalização. Dessa forma, o Estado poderá arrecadar recursos com o jogo, e dará mais segurança aos jogadores.

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Fonte: g1.globo.com

Após perder casa em incêndio, canadense ganha R$ 1 milhão em loteria

Se você dá sorte depois de ter muito azar, compensa?

Esta história inusitada aconteceu no Canadá. Chris Flett, morador da cidade de Fort McMurray, perdeu a sua casa em um grande incêndio florestal e passou dois meses vivendo em um abrigo com a família. No entanto, sua sorte estava para mudar: ele ganhou mais de R$ 1 milhão na loteria. O ganhador promete usar o dinheiro para ajudar familiares que também perderam tudo com o fogo.

 

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Chris Flett ganhou mais de R$ 1 milhão na loteria

“Meu irmão perdeu a casa e não tinha seguro. O mesmo aconteceu com minha mãe. Eu tinha seguro, então não foi tão ruim”, conta Flett, ao canal Globo News. “ Foi complicado, mas esse prêmio irá ajudar a gente”, completa.

O grande incêndio aconteceu em maio, e afetou cerca de 90 mil pessoas na cidade de Fort McMurray. O ano começou negro para Flett e sua família, devido ao incêndio, e também pela situação econômica do país. Desde então, o canadense e muitos outros cidadãos da cidade, viveram dois meses em um abrigo. “Nós fomos forçados a evacuar. Não deu para salvar muito mais do que a roupa que vestíamos. Acabamos perdendo nossa casa com o fogo, assim como aconteceu com muitas outras famílias e amigos”, disse Flet.

A notícia que havia ganho na loteria veio por telefone, e Flett a recebeu incrédulo. “Meu telefone começou a tocar e eu ainda estava na cama. Eu fiquei entre o choque e a incredulidade. Eu me mantive cauteloso, com medo que houvesse outro Chris Flett na cidade”, explica.

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Flett observa sua cidade, destruída pelo fogo

  

“Você não ganha se não jogar. Eventualmente você recebe a sua chance. Eu era o cara que nunca ganhava” – Chris Flett

O “homem que nunca ganhava” acabou recebendo o prêmio de $ 432 mil dólares canadenses (R$ 1 milhão), e usará parte do dinheiro para reconstruir a nova casa e para a educação dos filho. Também destinará recursos para as instituições de caridade que ajudarem ele e sua família após o desastre florestal, e para ajudar seus familiares.

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A espera da legalização: antigas casas de bingo são mantidas em SP

 

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Bingo Imperatriz em seu auge

Dez anos após a resolução da lei 9.981, que proibiu os bingos em todo o território nacional, grandes casas de jogo continuam sendo mantidas na capital paulista, sem uma nova ocupação. Isso porque os donos dos estabelecimentos ainda esperam que uma decisão judicial permita a volta do jogo no Brasil.

Após a proibição, muitos donos de bingo logo passaram adiante as casas de jogo, devido o alto preço do aluguel. No entanto, haviam aqueles que eram proprietários do prédio, e são esses em maior parte que ainda mantém os locais. O grande problema é o alto custo para a manutenção dos antigos bingos. O famoso Bingo Augusta, por exemplo, tem um custo de manutenção de R$ 50 mil mensais.

Segundo Olavo Oliveira, presidente da Associação Brasileira de Bingos (Abrabin), e também sócio do Bingo Augusta, os proprietários de bingos não imaginavam que a proibição fosse durar tanto tempo, então cada um agiu da maneira que achava mais conveniente: como já dissemos, aqueles que pagavam aluguel logo partiram para outra, mas também há o caso daqueles que realizaram investimentos milionários nos locais de jogo. “O desmonte de bingos, principalmente bingos temáticos, gera prejuízos. Quem paga aquelas cadeiras? O que você faz com todos os painéis? Desmonta e não monta mais. É muito eletrônico, muita fiação. Se tirar aquilo, tem que jogar no lixo. A reconstrução de um bingo desses custaria uns R$ 2 milhões”, afirma Olavo Oliveira.

Os bingos Imperador e Imperatriz, localizados respectivamente nas avenidas Sumaré e 23 de Maio, em São Paulo, também são prédios colossais que permanecem inativos desde 2007, ano em que foram cassadas as últimas liminares que permitiam o funcionamento dos bingos. Na época, o Bingo Imperatriz chegou a ser fechado quatro vezes. O proprietário dos dois edifícios se mudou para os Estados Unidos, onde montou uma fábrica de cigarros.

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Prédio do Bingo Imperador

Mudança de ramo

Vários prédios que abrigavam bingos, em São Paulo, acabaram se transformando em outros estabelecimentos. É o caso do Bingo Bom Retiro, localizado na Rua Prates, e fechado em 2007. O lugar se tornou uma escola de costura no ano seguinte. Na Avenida Luís Dumont Villares, em frente ao Sesc Santana, na Zona Norte de São Paulo, as antigas instalações do Bingo Tucuruvi deram lugar a um centro automotivo de atendimento de uma seguradora de carros.

Legalização em pauta

Atualmente a Câmara dos Deputados está prestes a votar o PL 441/92, que legaliza os jogos de azar no Brasil. Talvez a longa espera dos proprietários, dos estabelecimentos de jogos, e dos jogadores, possa estar muito perto do fim. Segundo a lei, o estado de São Paulo poderia receber até 59 bingos. É algo para ficar de olho…

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